Cascais, Lisboa, Portugal
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Na segunda metade do século XII, Cascais é uma pequena aldeia de pescadores e lavradores. O topónimo Cascais parece, mesmo, derivar do plural de cascal (monte de cascas), o que se deve relacionar com a abundância de moluscos marinhos aí existentes. Ainda assim, o território que actualmente alberga o concelho é sobretudo habitado no interior, denunciando a hegemonia das actividades agrícolas e o receio dos ataques dos piratas mouros e normandos.
Administrativamente dependente de Sintra, de cujo termo faz parte, Cascais, em consequência da privilegiada situação geográfica da sua baía, transformar-se-á num porto de pesca concorrido. Neste contexto, em 7 de Junho de 1364 os homens bons de Cascais obtêm de D. Pedro I a elevação da aldeia a vila que «houvesse por si jurisdição e juízes para fazer direito e justiça e os outros oficiais que fossem cumpridores para bom regimento deste lugar», comprometendo-se a pagar anualmente à Coroa duzentas libras de ouro, para além daquilo que já despendiam, o que parece atestar a riqueza da região, certamente proveniente do pescado.
O castelo deve ter sido construído depois desta data, visto que em 1370, ano em que se forma o termo de Cascais, D. Fernando pode doar o castelo e lugar de Cascais a Gomes Lourenço de Avelar, como senhorio, sucedendo-lhe, entre outros, o Dr. João das Regras e os Condes de Monsanto, depois Marqueses de Cascais. Entretanto, apesar da conquista e saque do castelo pelos castelhanos em 1373 e do bloqueio do porto em 1382 e 1384, assiste-se ao crescimento de Cascais no exterior das muralhas e à criação, ainda nos finais do século XIV, das paróquias de Santa Maria de Cascais, São Vicente de Alcabideche e São Domingos de Rana.
O movimento da baía acresce no período inicial dos Descobrimentos e Expansão, ordenando D. João II, em 1488, a edificação de uma torre defensiva. É em Cascais que desembarca Nicolau Coelho, o primeiro capitão da armada de Vasco da Gama a chegar da Índia, no intuito de se deslocar até Sintra para informar o monarca da boa nova. Mais tarde, em 15 de Novembro de 1514, D. Manuel I concede o foral de vila a Cascais, o primeiro texto regulador da vida municipal, uma vez que persistia a utilização do foral de Sintra.
Já em 11 de Junho de 1551, por licença de D. João III, se institui a Santa Casa da Misericórdia de Cascais.
No ano de 1580 as tropas espanholas, sob o comando do Duque de Alba, desembarcam em Cascais, conquistando a fortaleza e saqueando a vila. Também sob o domínio filipino, em 1589, aquando da tentativa gorada da conquista de Lisboa conduzida por D. António, Prior do Crato, os soldados ingleses que o acompanham pilham a povoação.
Consciente das deficiências defensivas da região, D. Filipe I mandará levantar a Fortaleza de Santo António do Estoril e abaluartar a antiga torre joanina de Cascais, que passa a ser conhecida por Fortaleza de Nossa Senhora da Luz. Não obstante, após a restauração da independência, em 1640, procede-se à edificação de uma vasta linha defensiva no litoral concelhio, ampliando-se e restaurando-se as fortificações existentes e construindo-se mais de uma dezena de baluartes, sob a direcção do Conde de Cantanhede, encarregue da defesa da barra do Tejo, porta de acesso à cidade de Lisboa.
De entre as estruturas então levantadas importa destacar a Cidadela de Cascais que, construída junto à Fortaleza de Nossa Senhora da Luz, reforça consideravelmente a defesa deste ponto estratégico da costa.Ainda que se tenha empenhado sobretudo no desenvolvimento do Concelho de Oeiras, Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e depois Marquês de Pombal, apresenta-se como um dos principais defensores da vinha e do vinho de Carcavelos, devendo-se-lhe, ainda, a concessão de benefícios para a edificação da Real Fábrica de Lanifícios de Cascais, em 1774.
Todavia, aquando do terramoto de 1 de Novembro de 1755 a vila fora quase totalmente destruída, hecatombe a que se seguirá a ocupação durante a primeira invasão francesa (1807-08) e o período das lutas liberais, sabendo-se que durante o reinado miguelista a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz será utilizada como prisão dos seus opositores. A decadência da povoação acentua-se, ainda, com a extinção das ordens religiosas instaladas no concelho e a retirada do Regimento de Infantaria 19.
A partir de 1859, com o início da construção da estrada ligando a vila a Oeiras e, depois, da estrada até Sintra, Cascais parece libertar-se da estagnação. Em 1868 surge o Teatro de Gil Vicente e dois anos depois a Família Real decide tomar banhos de mar em Cascais, adaptando os aposentos do Governador da Cidadela a Paço Real. A vila transforma-se na rainha das praias portuguesas, enquanto o surto vilegiaturista imprime um rápido desenvolvimento a toda a orla costeira concelhia, coadjuvado pela inauguração do primeiro troço de caminho-de-ferro entre Cascais e Pedrouços, em 30 de Setembro de 1889.
Finalmente, sob a visão de Fausto de Figueiredo e do seu sócio, Augusto Carreira de Sousa, surge, em 1913, o projecto do Estoril enquanto centro vilegiaturista de ambições internacionais. O início da I Guerra Mundial implicará atrasos consideráveis na sua concretização, pelo que só em 16 de Janeiro de 1916 se procede à colocação da primeira pedra para a construção do casino.
Segue-se um período de intensa construção nas zonas conquistadas ao pinhal, às terras de lavoura e às pedreiras, facilitada, desde 1940, pelo fácil acesso rodoviário proporcionado pela estrada marginal, junto ao mar. O concelho assume-se, então, como centro turístico de primeira ordem, recebendo durante e depois da II Guerra Mundial um elevadíssimo número de refugiados e exilados, de entre os quais importa destacar os Condes de Barcelona, o Rei Humberto II de Itália, Carol II da Roménia e inúmeras figuras do panorama desportivo e cultural.
Ainda hoje Cascais continua a manter esta vocação de espaço de acolhimento, norteando a sua actividade turística e cultural pelos critérios de qualidade exigidos pelos seus frequentadores.
Cascais é uma vila portuguesa no Distrito de Lisboa, região de Lisboa e subregião da Grande Lisboa, com cerca de 33 300 habitantes. Situa-se a cerca de 30 minutos de Lisboa, junto à orla marítima. É a quinta vila mais populosa de Portugal (depois de Algueirao-Mem Martins,Corroios, Rio de Mouro e de Oeiras).Cascais tem-se recusado ser elevada a categoria honorifica de cidade, por motivos turísticos. Cascais é sede de um município com 97,07 km² de área e 188 244 habitantes (2008) , subdividido em 6 freguesias.
O município é limitado a norte pelo município de Sintra e a leste por Oeiras e a sul e a oeste tem costa no Oceano Atlântico,na famosa Costa do Estoril. Há pouco mais de 100 anos atrás e devido aos maus acessos costumava dizer-se que a ´´Cascais, uma vez e nunca mais´´. Porém a vila de Cascais é, desde finais do século XIX um dos destinos turísticos portugueses mais apreciados por nacionais e estrangeiros uma vez que o visitante pode desfrutar de um clima ameno, das praias, das paisagens, da oferta hoteleira e gastronómica variada, animação.
Situada junto à costa, muito do seu património monumental relaciona-se com a defesa e a navegação. Como tal, em termos de arquitectura destacam-se os muitos fortes, situadas entre a praia do Abano e São Julião da Barra (já em Oeiras) e que foram, até ao século XIX, de extrema importância para a defesa de Lisboa. Além destes, destacam-se as muitas ruínas romanas e visigóticas (vilas e necrópoles), igrejas e capelas, bem como casas senhoriais da antiga nobreza portuguesa que, a partir dos finais do século XIX, começou a utilizar esta costa como área de -veraneio.
De entre vários, destacam-se os seguintes:
- Azenha de Atrozela
- Bases da muralha que ligava os dois baluartes da Praia da Ribeira
- Bateria Alta ao norte da Praia da Água Doce
Capela de Nossa Senhora da Nazaré
- Capela Nossa Senhora da Graça
- Cidadela de Cascais, incluindo a Fortaleza de Nossa Senhora da Luz de Cascais e a Torre de Santo António de Cascais
- Cortinas de Atiradores
- Edifício na Avenida das Acácias, nº34 ou Vila Ralph
- Estação lusitana-romana dos Casais Velhos o Ruínas dos Casais Velhos
- Capela de Nossa Senhora da Conceição da Abóboda
- Cemitério Visigótico de Alcoitão
- Farol de Santa Marta
- Forte Novo (troço de muralha)
- Forte de Crismina
- Forte do Guincho
- Forte de Oitavos ou Forte de São Jorge
- Forte de Nossa Senhora da Guia
- Forte de Nossa Senhora da Conceição (restos das muralhas)
- Forte de São Teodósio ou Forte da Cadaveira
- Forte de São Pedro do Estoril (Forte da Poça)
- Fonte de São João ou Cantinho de São João
- Forte de Santo António da Barra ou Forte Velho
- Forte de Santa Marta
- Grutas artificiais de Alapraia ou Necrópole Eneolítica de Alapraia
- Igreja Matriz de Cascais
- Igreja de São Domingos de Rana
- Marégrafo de Cascais
- Quinta de Manique ou Casa da Quinta de Manique ou Palácio de Manique ou Casa da Quinta do Marquês das Minas ou Quinta do Marquês de Minas
- Quinta da Torre D`Aguilha
- Vigia do Facho
- Villa Romana do Alto do Cidreira
- Villa Romana de Outeiro de Polima
- Villa Romana de Miroiços
- Villa Romana de Freiria
- Villa Romana de Casais Velhos
Museus
- Casa Sommer
- Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal
- Palácio dos Condes de Castro Guimarães (Torre de São Sebastião)
- Palácio do Duque de Palmela ou Palácio Palmela
- Quinta do Barão, incluindo o solar, jardins e adega.
- Museu da Música Portuguesa
- Núcleo Museológico de Oitavos
- Torre de São Patrício (incluindo toda a área de jardim e mata), actual Casa-Museu Verdades Faria
Espaços Públicos
- Parque da Gandarinha
- Ciclovia
- Praia do Guincho
- Boca do Inferno
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